PADRE É ACUSADO DE DESVIAR R$ 2 MILHÕES DE REAIS
(Imagem: Gastão Guedes)
O padre Osvaldo Palópito comandou a Capela Militar de Santo Expedito, na região da Luz, São Paulo, e acumulava o cargo de coronel e padre, rezando missas toda semana. Porém, seu comportamento fora da igreja era bem diferente do que ele estava pregando para os fiéis.
Em maio deste ano o padre foi preso por suspeita de ter desviado R$ 2 milhões doados por fiéis à igreja. Ele foi solto na última quarta-feira (7) e responde ao processo em liberdade.
De acordo com Ministério Público Militar, o dinheiro desviado dos fiéis teria sido usado para comprar imóveis, entre eles uma cobertura em um condomínio de luxo no litoral de São Paulo.
Através de escultas existentes na investigação , o padre fala sobre a compra de imóveis de luxo com um amigo.
“Padre: Tem apê ainda de 750 paus. Amigo: 750 só? Padre: É hora de comprar pra se vender por R$ 3 milhões. A minha vontade é vender a cobertura aqui e comprar uns quatro lá.”
Segundo o promotor de Justiça Militar Marcelo Alexandre de Oliveira, o padre não conseguiria comprar apartamentos e carros com seu salário.
“Tinha um salário razoável, mas que não lhe permitiria ter uma cobertura avaliada em mais de R$ 2 milhões, vários carros, imóveis, apartamentos”, disse Oliveira.
Outro agravante foi o testemunhado de um padre que contou à investigação sobre uma conta secreta que era usada para desviar o dinheiro dos fiéis para o padre Palópito. Outra acusação, obtidas através de escutas mostram que ele pedia a mulheres para “darem em cima” dele e “ficarem nuas”.
“Não é o comportamento que se espera de um padre como não é o comportamento que se espera de um comandante de uma unidade da Polícia Militar”, disse o promotor Marcelo.
Quando questionado sobre a fala do padre sobre mulheres, o advogado do padre diz que não comentaria porque não faz parte do processo em julgamento.
Em nota, o Ministério da Defesa, responsável pela capela militar, disse que vai analisar o caso, de acordo com as normas da igreja e que as conclusões serão enviadas ao Vaticano, podendo ter o padre excomungado da igreja.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em entrevista afirmou que “a lei foi feita para todos e será cumprida”.
Fonte:Tempo Gospel.
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